São Paulo, 11 de Novembro de 2015

 
Interesse público não justifica tudo, dizem especialistas
 
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, ressaltou que nos contratos de concessão deve prevalecer o interesse público, mas que este não justifica tudo. Noronha lembrou que o interesse público não pode sacrificar a ordem e a segurança jurídica e que a mudança constante nas regras e planos traz incerteza e insegurança, que são antíteses às parcerias com o setor privado.

Já o professor Marçal Justen Filho, doutor em Direito, abordou os limites durante a revisão de cláusulas contratuais em concessões, lembrando que, após uma licitação, qualquer alteração do objetivo contratado configura-se como um choque na gestão do contrato. O professor frisou que é inconcebível que o Estado institucionalize a prerrogativa de alterar o objetivo contratado como algo comum.

Justen Filho lembrou, tal qual o ministro Noronha, que a supremacia do interesse público não elimina a necessidade de avaliar benefícios e encargos que a ação regulatória trará. Se o Estado quer usufruir ganhos, disse, tem de atuar de boa fé e gerar confiança no curto, médio e longo prazo.

O presidente do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), Vinicius Marques de Carvalho avaliou o papel da instituição que preside e das agências reguladoras, que podem apresentar conflitos, sobretudo na análise de fusões e aquisições. Ademais, Carvalho frisou que a defesa da concorrência não é inimiga, mas sim um pressuposto, para o investimento.

Para saber mais:
Em seminário, juristas e empresários fazem coro por segurança jurídica, taxa de retorno livre e independência do regulador
Marcos regulatórios foram descaracterizados, diz Raul Velloso
Taxas de retorno devem ser realista e refletir custo de oportunidade
Sociedade precisa defender independência do regulador e rejeitar oportunismo
Marco Aurélio Mello: Brasil não terá melhores dias editando novas leis

16/11/2015 - Abdib fará parte da instância máxima do Conselho Mundial da Água por mais três anos
11/11/2015 - Marco Aurélio Mello: Brasil não terá melhores dias editando novas leis
11/11/2015 - Sociedade precisa defender independência do regulador e rejeitar oportunismo
11/11/2015 - Taxas de retorno devem ser realista e refletir custo de oportunidade
11/11/2015 - Marcos regulatórios foram descaracterizados, diz Raul Velloso
 
Índice de destaques    Enviar por e­mail    Imprimir    Página inicial
Copyright © 2001-2024 Abdib. Todos direitos reservados.ClickW