Em reunião realizada na sede da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em São Paulo, o governo federal apresentou uma proposta para ampliar a participação de recursos privados no financiamento de longo prazo de projetos de investimentos de todos os setores econômicos que hoje recorrem ao banco.
O encontro contou com a participação do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, da presidente da Anbima, Denise Pavarina, e do vice-presidente executivo da Abdib, Ralph Lima Terra, entre outros executivos presentes.
O plano governamental prevê a vinculação de financiamento com custo em Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para projetos que incluam parcelas consideráveis de debêntures na estruturação do “funding” do projeto. O objetivo é incentivar que as empresas recorram ao mercado de capitais para captar recursos por meio da emissão de debêntures e diminuam a demanda por empréstimos do BNDES, que passaria a conferir uma espécie de "selo" que ratificaria a qualidade do projeto e melhoraria a classificação deste para os financiadores privados.
De acordo com o que foi apresentado, quanto maior for a participação das debêntures no financiamento do projeto, maior será o acesso ao crédito tomado ao custo da TJLP, atualmente em 6% ao ano. O teto máximo de participação do crédito em TJLP na composição do financiamento do investimento será de 50%.